O texto de Carlos Ginzburg, basea-se nas obras de Ticiano e sua influência sobre as Metamorfoses de Ovídio, abordando a questão da figuração erótica no século XVI,e sua relação com a sociedade e ideologia da época. Esculturas, quadros e outras obras que possuíam imagens de mulheres com partes ou todo o corpo a amostra, normalmente imagens mitológicas clássicas, foram consideradas nesse contexto histórico como imagens eróticas. Nesse sentido, o autor ressalta que a Igreja temia essas imagens por propor de modo deliberado excitar sexualmente o espectador-fruidor. Mas por trás dessa questão há toda uma ideologia. De um lado, era uma tentativa de controlar a vida sexual de modo cuidadoso. Por outro, era um propósito de servir-se das imagens para restabelecer uma relação com as massas dos fiéis, pois seria uma reação contra a quebra de hegemonia que as imagens sacras sofreram ( Antes a imagem encontrou-se em uma fase em que era focalizada como uma questão somente religiosa – Era dos ídolos). Nos dias atuais, essas imagens apenas nos servem para estudos históricos, já que o erotismo é visto em outro aspecto.
Aqui em baixo segue algumas dessas imagens do século XVI:
O Nascimento de Vênus - Sandro Botticelli
Santa Maria Madalena (Madalena penitente) - 1530-1535
Retrato de Mulher Nua, de Rafael Sanzio (1518-1520)
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