sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Comentário do texto " TICIANO, OVÍDIO E OS CÓDIGOS DA FIGURAÇÃO ERÓTICA NO SÉCULO XVI " de Carlo Ginzburg // Por Tailane Marques

O texto trata da repercussão das imagens eróticas no século XVI. Alguns, como santo Agostinho, consideravam nefasto o ato de representar o nu erótico através das imagens sacras, e outros como o teólogo Politi, não tinham preconceito com a utilização das imagens, seja qual fosse sua representação. Politi dizia que as imagens sacras e as imagens eróticas tinham um ponto comum: a eficácia. A primeira estimulava a piedade religiosa e a segunda, o apetite sexual.
Sempre representadas por mulheres, as imagens eróticas eram dirigidas ao público masculino que identificava nessas representações, suas parceiras para uma imaginária relação sexual.
Antes tais imagens eram privadas às classes altas, mas depois se tornaram públicas entre as classes baixas que passou a ter acesso aos livros e consequentemente às imagens. Logo, as imagens ilustrativas das vulgarizações das Metamorfoses de Ovídio, citadas no texto, ganharam repercussão. O texto enumera uma série de problemas em torno dessa questão das imagens eróticas e faz citações da relação de Ticiano e Ovídio, da forma como Ticiano compreendia e interpretava os textos ovidianos, usando o nu nas suas representações.


Abaixo a representação do texto "Metamorfoses" de Ovídio, feita por Ticiano, de Júpiter como chuva de ouro descendo até o leito de Danae:


Outras ilustrações de Ticiano:


"Diana e Actéon"



"Júpiter e Antíope"

"Vênus e Cupidos"



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