segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Comentário do texto “TICIANO, OVÍDIO E OS CÓDIGOS DA FIGURAÇÃO ERÓTICA NO SÉCULO XVI” de Carlo Ginzburg // Por Larissa Sobral

Vênus de Urbino - Ticiano

O texto de Carlo Ginzburg se baseia nas obras de Ticiano e mais precisamente nas vulgarizações das metamorfoses em Ovídio do século XVI, fazendo transparecer nesse contexto a ligação das imagens com o meio social (e religioso) e seus acontecimentos. O autor inicia o texto com uma passagem do Eunuco de Terêncio e uma breve concepção sobre a imagem erótica, que por meio de códigos proporciona uma excitação sexual para o espectador-fruidor assumindo variadas formas através dos processos psicológicos, envolvendo também opiniões de pensadores como, por exemplo, a de santo Agostinho. O texto faz referência à intencionalidade das imagens eróticas, que durante o século XVI preocupou a ordem católica desencadeando uma série de questões naquela época, dentre elas as objeções da contra-reforma e a semelhança da arte com o verdadeiro (mas sabe-se que as vulgarizações do século XVI, não passavam nem perto das traduções iconográficas fiéis). Entretanto toda essa discussão envolveu as classes públicas e privada e a difusão da imprensa que facilitou na divulgação das páginas impressas e das imagens (que no caso das eróticas), despertavam nos leitores anônimos as mais diversas fantasias.


Bacanal - Ticiano


Danae - Ticiano


"Resgatando Andrômeda" - Ticiano

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