segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Comentário do texto "A Imagem" de Octavio Paz // Por Larissa Sobral



Octavio Paz em seu texto, coloca em questão a multiplicidade da palavra imagem, podendo ser real ou imaginária, ela se torna algo muito mais que uma representação visual de um objeto, constituindo um modo próprio de pensar. O autor afirma que qualquer objeto que tenha uma pluralidade de qualidade, essa tal pluralidade se resume numa só no exato momento da percepção, quando passamos a reconhecer o objeto. Decerto todas as coisas possuem um sentido, sendo ele o elemento unificador da diversidade de qualidade e formas. Quando se fala de sentido da imagem a reflexão é mais profunda, pois é um caso a parte, o sentido da imagem é a própria imagem, é algo indizível, não existindo diferença entre sentido e imagem, ela se auto-explica, a imagem vai além do conceito adquirido ou gerado pelos humanos, ela não precisa de explicações, ela basta por si só, meche com o lado imaginário e sentimental de quem a observa, fazendo mergulhar num conjunto de idéias inexplicáveis, a fim de entender os sentidos paradoxais existentes. “A imagem não explica: convida-nos a recriá-la e, literalmente, a revivê-la” (Octavio Paz, 2005, pag. 50), conforme o texto, no incrível mundo da poesia e da imagem, podemos tudo, até mesmo ser e não ser ao mesmo tempo.

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