segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Comentário ao texto de Octavio Paz // Por: Laiz Dias


Paz, Otávio. Signos em rotação. São Paulo: Perspectiva, 2005, 37-50 p.

Considerada como a cifra da condição humana, a imagem é o tema central do texto desenvolvido por Octavio Paz. Ele afirma que toda imagem aproxima ou conjuga realidades opostas, indiferentes ou distanciadas entre si. E coloca em debate a linha de pensamento oriental e ocidental, para que todos possam enxergar os contextos em que as diversas origens de interpretações sobre determinadas imagens possam ser encontradas.
De acordo com Octavio Paz, a imagem diz o indizível, ou seja, enquanto a linguagem tende a seguir uma direção mais limitada e que exprime o absoluto, ela não possui a capacidade de representar exatamente o que uma determinada imagem quer transcender. Isso porque, a imagem é uma frase em que a pluralidade de significados não desaparece. A imagem recolhe e exalta todos os valores das palavras, sem excluir os significados primários e secundários, o que é mais difícil na linguagem. “As orações e frases são meios. A imagem não é meio; É sustentada em sim mesmo, ela é seu sentido.” p.48
Pensamentos como esses que explicam a natureza da imagem poética e sua relação com pensamento oriental. Nas doutrinas orientais, reiteram que a oposição entre isto e aquilo é, simultaneamente, relativa e necessária, mas que há um momento em que cessa a inimizade entre os termos que nos aparecem excludente, e o verdadeiro sábio seria aquele que despreza o isto e o aquilo, e pedras e plumas se fundem.

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